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FACES DA MESMA MOEDA 64104f
Sáb, 24 Maio de 2025 | Fonte: Ahmad Schabib Hany 1fr3f
Expressão da decadência total do ocidente, Donald Trump nos EUA e Ursula Von Der Leyen na UE representam o pior que a sociedade ocidental poderia ter produzido nos últimos três séculos, porta-vozes da extrema-direita mais degenerada, irracional e genocida.
Fingir que governantes e governados não veem, há exatas 82 semanas, uma agressão desproporcional e de cunho nazifascista praticada por um dos mais poderosos e corruptos exércitos do planeta -- armado com o dinheiro maldito de ex-potências coloniais ocidentais e dos banqueiros sionistas engordados com o saque, fome e escravização de povos da África e América Latina -- chega a ser um acinte à inteligência dos mais simples cidadãos e cidadãs em um mundo em que imagens em tempo real não deixam mais censores e editores enganar por meio dos sofisticados estratagemas de comunicação paridos nos últimos 150 anos.
Trinta e cinco anos depois de comemorar a "vitória" do ocidente na guerra fria de triste memória -- vitória de Pirro, aliás --, cá estamos a assistir ao patético, para não dizer melancólico, ocaso da pretensa alardeada "civilização ocidental" (aspas, porque nunca se tratou de algo com um viés civilizacional). Daquilo que resta do que um dia foi a "América" -- Estados Unidos da América --, destino de perseguidos pela intolerância religiosa e étnica europeia, projetado em Donald Trump é indescritível.
Se o neoliberalismo se revelou ante-sala do colonialismo mais cínico e caótico, a tal globalização alardeada pelos ideólogos do Consenso de Washington, longe de representar a mundialização de relações minimamente evolutivas, evidencia a podridão mais degenerada do hegemonismo racista e saqueador que coroou o colonialismo da cobiça, usura e tirania. E não há melhor expressão que Ursula Von Der Leyen, a presidenta da Comissão Europeia, que não está lá pelo voto da população europeia, mas do conchavo de banqueiros, rentistas e oligarcas que se dizem protagonistas de um novo tempo.
Uma Europa carcomida, decadente e imbecil que assiste plácida e cinicamente ao atroz e sádico genocídio já cometido em seis séculos de barbárie e desatino, em nome do lucro, cobiça e veleidades extremas. É o que, sem disfarces nem hipocrisia, compõem os autoproclamados paladinos da democracia, civilização e progresso -- de quem? Pobre humanidade! Se do progresso e da riqueza esse é o fruto, que porvir podemos assegurar às novas gerações da espécie? Nem os mais sórdidos déspotas do absolutismo ocidental encarnaram tamanha barbárie nas costas...
E pensar que o racionalismo humanista libertou a Europa da cegueira medieval, de triste memória, em que o obscurantismo feudal, em nome de uma teocracia devastadora, impôs uma cultura predadora/saqueadora com verniz "cristão", a partir da "conversão" do imperador Constantino, com o único afã de assegurar uma sobrevida à hegemonia romana, responsável pela execução de Jesus Cristo e perseguição impiedosa de todos os seus seguidores por mais de trezentos anos a fio.
A propósito, o intelectual brasileiro Vladimir Safatle, professor da Universidade de São Paulo, em entrevista ao Jornalista Breno Altman, no Opera Mundi, observou que é um engano crer que a postura fascista seja "irracional". Para ele, profundo estudioso da intrincada sociedade humana, o fascismo é o que nos espera -- e, pior, nós ainda estamos na antevéspera. Não que a extrema-direita tenha surgido do nada, mas é um velho recurso das crises capitalistas ao longo da História. A vanguarda, em vez de diluir-se em agendas reformistas de eficácia duvidosa na luta contra o fascismo, precisa retomar o protagonismo e demarcar posição perante o avanço fascista.
Não se trata de mero devaneio de um pensador cuja produção intelectual está acima de qualquer suspeita. Nem se trata de concordar ou discordar do alerta em tom de reflexão que nos propiciou em pouco mais de trinta minutos de uma entrevista memorável no canal do Jornalista Breno Altman, no Opera Mundi. O momento é de revisão urgente de posições e tomada de atitudes consistentes e bem fundamentadas. A chamada de atenção de Safatle é oportuna e séria.
PALESTINA, O LABORATÓRIO
Para superar mais uma crise do capitalismo [é a quarta crise de ampla profusão que leva os teóricos e estrategistas do ocidente a recorrer, de modo explícito, a uma "solução fascista"], como prova a experiência imposta ao milenar e heróico povo da Palestina, sobretudo em Gaza, Cisjordânia e Jerusalém. A OTAN e os demais exércitos aliados do ocidente, decadente e usurpador, escolheram, mais uma vez, a Palestina como laboratório de experimentos atrozes, dignos do legado de Hitler, Mussolini, Franco e Salazar.
Embora a postura vergonhosamente claudicante das elites políticas árabes seja algo que nos deixe totalmente sem retaguarda -- basta ver a posição traiçoeira do reino da Arábia Saudita e do sultanato do Catar perante os famigerados projetos maledicentes de Trump e Von Der Leyen --, a resistência popular na Palestina, Líbano e Iêmen é o único fio de esperança, ainda que tênue e cuja sobrevida é determinada por uma fatalidade histórica. Obviamente, em toda a Arábia histórica há uma resistência multitudinária, como provam as manifestações em todos os países árabes desde 8 de outubro de 2023.
Precisamos, sim, resistir por Gaza. Como nunca, é o mesmo que resistir por toda a humanidade. Só intensificando a mobilização, com organização e politização, seremos capazes de sacudir a letargia que toma conta do Planeta nessa insana "normalização" dos horrores praticados sob holofotes e câmeras nestes sombrios tempos em que, nas palavras de Safatle, de modo racional e lúcido a Europa e os Estados Unidos assumem seu lado pelos algozes das Mães, bebês, crianças, adolescentes, jovens, mulheres e idosos da Palestina.
Lembremo-nos que a Paz Mundial começa na Palestina, como consignamos em 1987, quando fundamos o Comitê 29 de Novembro de Solidariedade ao Povo Palestino, a partir de 2023 denominado Jadallah Safa, em homenagem póstuma ao querido Amigo e Camarada eternizado no primeiro mês do genocídio.
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